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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Primeiro mundo. Primeiro mundo?



Muito se fala que nos países de primeiro mundo, tudo é mais evoluido. Que as pessoas são receptivas, que eles darão mais acessibilidade aos deficientes ou com dificuldade de locomoção... Acessibilidade?

Antes de continuar com o texto, permitam-me fazer um parêntese com o Brasil, país até então de terceiro mundo, visto que, muitos o consideram emergente. A meu ver, ainda de terceiro, em relação a alguns assuntos e emergente quando se fala de economia a nível dos demais países.

Porém, no que se fala em relação a acessibilidade em âmbito nacional, embasado pela Lei Federal nº. 10.048, de 8 de novembro de 2000, vejo um grande rebuliço, boa vontade e claro, efetivo cumprimento da lei. Sejam, as prefeituras ou locais de iniciativa privada criando rampas de acesso aos deficientes, seja clínicas reformando entradas e banheiros para se adequarem a referida lei.

Dificuldades encontradas no país são básicas e simples, como uma calçada com desnível, por exemplo. Esse caso, é demasiadamente modesto em comparação a casos vistos e relatados, que por fim, tornaram-se extremamente angustiantes. Nestes, verídicos, põe-se em xeque, esse real termo: Primeiro Mundo.

Um dos casos mais chocantes aconteceu Napolis (não fazendo referência ao filme homônimo). Geralmente em países europeus, para usarmos os banheiros, devemos consumir, e em grande maioria dos estabelecimentos estes encontram-se no subsolo, devendo sempre, pegarmos uma escada, ou estreita, ou com um espaço infinitamente pequeno, ou escuras, ou como a do caso, que além de estreita, dava voltas.

Ao descer, me deparei com um rapaz de muletas, com aparente problema nas pernas, que por alguma necessidade, estava querendo usar o banheiro, até aí tudo bem. O chocante foi o seguinte, a escada estreita e em fora de S, não oferecia segurança, nem a pessoas normais (degraus minúsculos), que dirá a alguém com dificuldade de locomoção. A priori, pensei existir alguma espécie de elevador que levasse diretamente ao subsolo pessoas com deficiência, porém, me deparei com a cena da enorme dificuldade do rapaz subir os degraus. Em um esforço fora do comum, cada degrau que subia, era uma angustiante tortura a todos que assistiam atônitos com a situação. A ponto, de pararem de olhar, e se colocando no lugar. Por fim, creio que, alguma amiga do moço, foi ajudá-lo a terminar o percurso.

No mesmo instante, me indaguei a respeito da acessibilidade, enquanto, um grupo de brasileiros começou a falar de como no Brasil tudo era diferente, e o quanto tinham gastado para se adequarem e garantir um melhor acesso a uma simples ida ao banheiro, para pessoas com deficiência. E realmente faz um sentido absurdo, até por que, quantas vezes nos colocamos no lugar dessas pessoas e de como deve ser difícil viver com determinada limitação, principalmente ao se depararem com determinado obstáculo.

Aqui no país, vejo crescentes mudanças em relação a figura dos deficientes e àqueles que possuem alguma limitação, observo melhoras. Afinal, temos como preceito Constitucional, a igualdade da pessoa humana, e esta lei, e o entendimento das pessoas leva a uma constante melhora em relação a isso.

Se formos analisar a evolução (não que todos os países ou cidades européias ou americanas, sejam assim, difíceis de lidar, muitas vezes com realidades chocantes, até porque vi lugares de extrema acessibilidade a deficientes, mas uma minoria), mas novamente indago: primeiro mundo? Um primeiro mundo, não tão primeiro mundo, visto que, se realmente fosse, observaríamos, sem sombra de dúvidas, mudanças em relação a isso. Me colocando no lugar do rapaz da história, eu teria desistido sem sombra dúvidas, afinal, o malabarismo para chegar ao destino final, assim como sair, era uma tarefa árdua para os normais, então, imaginem para ele.

Nesse caso, quem é o primeiro mundo? Podemos dizer que observamos uma inversão em relação a isso?

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